Talvez dos momentos mais importantes para mim, por ser a primeira passagem de ano com o meu bébé, foi esta passagem de ano de 2004 para 2005.
Estávamos na zona de Almada (onde é a casa da minha sogra e a minha morada temporária) e eis que a minha mulher me diz se quero ir ver o fogo de artificio à meia noite, convite esse que acedi de imediato e olhei para o relógio vendo que eram perto das 21h. A minha sogra é confrontada pela sua filha com este convite (em que eu lhes dava boleia até perto do Parque da Paz e veriamos todos juntos o fogo de artificio) e diz que não, que tem muito que fazer em casa. Feito bom samaritano, vou ajudar a minha mulher a dar a voltaà minha sogra, assim ao menos arejava as ideias em vez de andar a discutir de 5 em 5 minutos com o marido... sim é verdade, eles gostam de viver em pleno ambiente de guerra e a minha sogra faz questão de atingir a sua filha no meio desta batalha diária. Ora, perto das 23.30, já começamos a preparar o nosso filhote para ir ver o espectáculo. Entretanto a senhora minha sogra, já está no factor pior... a indecisão, em que temos que ver o que pretende fazer. 23.50... já eu começo a ficar impaciente, pois temos que arrancar para estacionar o carro no meio da selva de carros mal parados na zona do show. 23.55... ja tenho o nosso filhote pronto no carro, a minha amada está cá fora furibunda com a sua mãe e eu transbordo mostarda pelos cabelos (acho que fiquei louro nesse dia por causa da mostarda da raiva) e a minha sogra ainda não se tinha decidido a vir. 24.00h... Hora da festa, estou eu dentro do carro possuido pelo diabo, ainda no nosso estacionamento, com a minha mulher ao lado a dizer que a sogra se lembrou de ir fazer um fax. O marido dela já estava no carro também pronto. Mas um fax... à meia noite na passagem de ano.... só mesmo para lixar o esquema da alegria que se gera no ar. Bom... cortou o embalo todo à festa, estacionei às 00.10 o carro e delirei junto com a minha mulher em ver a reacção do meu filho a ver o fogo de artificio. A sogra adorou vir no carro para ver aquilo, mas coitada... não teve tempo antes para mandar o raio dum fax, lixando a meia noite que é de cumprimentos e abraços. Neste caso aconselho vivamente o pessoal para na passagem de ano não combinarem rigorosamente nada com os sogros... mas mesmo rigorosamente nada.