Sair à noite? ou passear com a minha mulher? Não sei o que é isso actualmente.
Aliás, hoje disse-me muito bem, que já tem saudades de passear comigo à beira mar no Alentejo.
E perguntei-lhe eu.... "Já nem sei onde fica isso. Alentejo? Que é isso? Pensava que talvez um vegetal? Imagine-se a pergunta :
"Olha o que comeste hoje?"- hoje comi uma alentejana...hummmm..." ou vice versa, ela dizer-me " olha meu querido.... hoje comi um alentejano, tava mesmo no ponto" . O vegetal também podia ter sexo. É como a gente se sente.... uma cambada de vegetais.
Acho que me lembrava logo o que é o Alentejo!!
Precisamos mesmo de sair e passear.... já andamos a ficar com os neurónios em curto circuito. :P
Os alentejos já nascem no Vegetal. Quando me perguntam hoje em dia onde nasci, digo que cai da alentejeira...
Imaginem que desta vez não existem queixas. Até parece mentira, quase que me senti tentado a ir perguntar à minha sogra se hoje ela estava doente. No meu tempo de miudo estive num colégio interno e todos os dias haviam reuniões para discutir anomalias e tropelias feitas por nós, e o aluno mais graduado aviava uns quantos a título de exemplo. Quando não havia reuniões de “confraternização” iamos todos ter com ele a perguntar se nesse dia não ia haver nenhum ajuntamento como era prática diária. O mesmo se passa com a sogra, um gajo quase que vai ter com ela num acto de boa fé e perguntar...” Oiça lá, hoje está tudo bem consigo? E na casa? Não existem reclamações? Tomou alguma droga?”.... bom.... até podia ter tomado drogas para se acalmar, mas mesmo assim acho que deve ser sol de pouca dura, mais cedo ou mais tarde, lá aparece ela com aquela imagem que eu tenho imaginado.... assim meio possessa, quase a revirar os olhos, a falar o tal hebraico ou aramaico e sempre lixada com o mundo, descarregando todo esse stress em cima da filha e de mim indirectamente. É daquelas pessoas, que se estiver calma é porque deve estar sedada com alguma coisa tipo “Calmex” e mesmo assim deve estar a rogar pragas ao comprimido por ser demasiado forte ou fraco, ou solvente ou insolvente, ou por causa da côr que devia ser rosa para ser mais bonito, mas rosa pode ser uma cor mal interpretada passados 15 minutos e então talvez fosse melhor se fosse branco, mas depois perdia-o no meio da mesa branca e aí já começava a mandar vir, iria precisar dos óculos, mas como a graduação já não estava adaptada aos seus olhos, começaria a praguejar por causa da merda dos óculos e que a culpa é do médico que não percebe patavina do que fazia e do que receitava para a sua vista. Bem, na realidade acho que dá para perceber a perspectiva de só estar nos seus dias se estiver a mandar vir constantemente, pois se assim não for, julgo estar com uma desconhecida em casa.
Todos nós tomamos banho, uns mais do que outros. Umas casas de banho são maiores e outras mais pequenas. A nossa é média, de acordo com o que já vi lá em casa, conseguimos meter 5 a 6 pessoas nessa área da casa. Quase que parece que montamos a sala de estar na casa de banho para enfiar lá tanta gente, mas não, também não tentámos fazer nenhuma estatística para ver qual a capacidade máxima para um recorde do Guiness. Simplesmente quando o meu filho (com 2 anos) toma banho, os pais gostam de estar um pouco na diversão com ele na sua banheira própria para bébés e uma coisa é mostrarmos aos avós o prazer imenso que o bébé tem em brincar com a água e outra coisa é aquilo parecer uma sala de cinema com o pessoal todo a circular dentro da casa de banho cada vez que damos banho ao jovem, só falta o “portas” a cobrar bilhete para vermos um bébé a deitar a água toda por fora e os pais a stressarem por não terem um momento de privacidade com o seu filho para brincarem com ele enquanto toma banho. Ora, esta história, centra-se concretamente no facto de a banheira grande (e não a do bébé) , não ter qualquer tipo de protecção quando se toma banho (apesar de termos a nossa privacidade) logo o que acontece é que quando estamos a tomar banho, o chão fica a parecer uma piscina por causa dos salpicos e por mais cuidado que se tenha, é impossivel evitar molhar o chão e um armário que lá está perto. Logo aparece a minha querida sogra a mandar vir com a sua filha, porque o armário apodrece com a água. O que eu penso é que o armário apodrece de qualquer maneira, quanto mais não seja pelo simples facto do armário levar com os vapores da água quente e da humidade que se mantém no ar após o banho. Após esta possessa reclamação (e digo possessa, porque fica logo a deitar mostarda pelos cabelos) resolvi expor a ideia de pormos um varão com uma cortina, o que se formos a ver na prática, resolve o problema de fazermos uma piscina. O meu trauma após lhe falar na ideia, não foi ela pensar que tinhamos que esburacar as paredes (o que lhe foi dito que não seria necessário), mas foi sim, o facto de lhe explicar que quando formos tomar banho, é só necessário correr a cortina “et voilá”, as pingas de água, não fogem para fora da banheira solucionando assim o grave problema. Sim e passo a explicar o porquê do trauma, eis que após uma elaborada explicação tal e qual uma aula dada pelo famoso MacGyver, um dos nossos heróis de infância, levo com uma observação fulminante, que me deixa sem hipótese de reacção... eis que ela me diz que se pusermos lá o varão com a cortina, ela não o usa, porque se sente claustrofobica e sente presa e que sente isto e aquilo e qualquer outra coisa sem lógica. Bom... depois de eu ter ficado irritado por dentro, respondi-lhe calmamente que existem hábitos de banho que não se podem mudar, além de que ela dizia que não ficava bem esteticamente na casa de banho e que isto eram modernices a que não se habituava. Acabou-se por anular uma ideia perfeitamente simples para eu me manter no tempo da pedra a tomar banho de cócoras para tentar não traumatizar a sogra, com a possivel piscina que se podia fazer com meia dúzia de salpicos.
"Por favor, saia na próxima saída", diz o meu GPS.
Olho para a estrada e vejo um cruzamento, com 3 saidas.
"E AGORA PRA ONDE SAIO???!?!"
"Por favor, saia na próxima saída", repete o gajo.... "FILHO DA PUT#%$, JÁ TE DIGO A SAIDA DAQUI DO CARRO...."
Talvez dos momentos mais importantes para mim, por ser a primeira passagem de ano com o meu bébé, foi esta passagem de ano de 2004 para 2005.
Estávamos na zona de Almada (onde é a casa da minha sogra e a minha morada temporária) e eis que a minha mulher me diz se quero ir ver o fogo de artificio à meia noite, convite esse que acedi de imediato e olhei para o relógio vendo que eram perto das 21h. A minha sogra é confrontada pela sua filha com este convite (em que eu lhes dava boleia até perto do Parque da Paz e veriamos todos juntos o fogo de artificio) e diz que não, que tem muito que fazer em casa. Feito bom samaritano, vou ajudar a minha mulher a dar a voltaà minha sogra, assim ao menos arejava as ideias em vez de andar a discutir de 5 em 5 minutos com o marido... sim é verdade, eles gostam de viver em pleno ambiente de guerra e a minha sogra faz questão de atingir a sua filha no meio desta batalha diária. Ora, perto das 23.30, já começamos a preparar o nosso filhote para ir ver o espectáculo. Entretanto a senhora minha sogra, já está no factor pior... a indecisão, em que temos que ver o que pretende fazer. 23.50... já eu começo a ficar impaciente, pois temos que arrancar para estacionar o carro no meio da selva de carros mal parados na zona do show. 23.55... ja tenho o nosso filhote pronto no carro, a minha amada está cá fora furibunda com a sua mãe e eu transbordo mostarda pelos cabelos (acho que fiquei louro nesse dia por causa da mostarda da raiva) e a minha sogra ainda não se tinha decidido a vir. 24.00h... Hora da festa, estou eu dentro do carro possuido pelo diabo, ainda no nosso estacionamento, com a minha mulher ao lado a dizer que a sogra se lembrou de ir fazer um fax. O marido dela já estava no carro também pronto. Mas um fax... à meia noite na passagem de ano.... só mesmo para lixar o esquema da alegria que se gera no ar. Bom... cortou o embalo todo à festa, estacionei às 00.10 o carro e delirei junto com a minha mulher em ver a reacção do meu filho a ver o fogo de artificio. A sogra adorou vir no carro para ver aquilo, mas coitada... não teve tempo antes para mandar o raio dum fax, lixando a meia noite que é de cumprimentos e abraços. Neste caso aconselho vivamente o pessoal para na passagem de ano não combinarem rigorosamente nada com os sogros... mas mesmo rigorosamente nada.
Este cenário que vos apresento, é simples, mas tudo menos eficaz. Ok... temos uma cama de casal como toda a gente, até aí está tudo certo. Tenho uma colcha que gosto com uns simbolos orientias que estão na moda e a minha amada, tem outra colcha qualquer que gosta também. Para nós tanto faz estar uma colcha dessas como a outra, pois no fundo está de acordo com os nossos padrões, mas para a minha sogra, não pode ser, porque se sujam e então chega sempre ao nosso quarto e põe uma colcha velha que gosta.... diz que é para proteger as nossas colchas. E porque assim não tem que lavar as nossas colchas (que ninguém lhe pede para lavar) pois são pesadas. Bom, no meio disto tenho dois conselhos para esta situação, ou quando forem às compras levam a sogra para escolher a colcha e ficar ao gosto dela, não andando sempre a esconder de modo irritante o que vocês gostam de ver na cama, ou então durmam só com lençóis, o que no inverno se revela um verdadeiro problema a não ser que tenham aquecimento no quarto.