Quando foram as eleições para o último governo, foi o caos lá em casa... e as presidenciais a mesma treta. A minha Maria chega sempre cansada como eu e quase todos nós. Ora, a minha sogra teve o dia todo a mamar programas sobre opiniões do que faz este candidato e o que pensa aquele candidato. Depois dum dia de trabalho, queremos é estar um com o outro e com o miudo, não queremos ter a sogra a massacrar sobre quem votar. O problema que se gera aqui é que a mulher sabe mandar vir com tudo, mas não tem opinião formada sobre nada. A minha sogra desde os anos oitenta, que não sabe em quem vota, o que acontece desde os tenros 10 anos da minha mulher é que por mais ridiculo que pareça, a minha sogra recorre à opinião da filha. Este ano, já nós estávamos aqui e eu disse à Maria, para deixar que a mãe faça o que quiser, para não lhe dar opinião. Ia sendo o caos... nem sabia se havia de ir à mesa de votos. Depois chegou a casa e já dizia mal dos candidatos na hora de saber os resultados. Safou-se a votar, porque perguntou ao marido em quem devia votar. Conselho de amigo, em época de eleições tira umas miniférias com a tua mulher e saiam de casa.
Esta manhã, apraz-me dizer, que já houve meia dúzia de pessoas que vieram fazer a leitura destas divagações que os meus neurónios fazem uma vez por outra, mas façam-me um favor..... vão trabalhar :D
Apesar de não haver quase nada para se fazer, não quer dizer que venham para aqui bisbilhotar o que são pensamentos públicos.
É como ir à casa de banho, em cima do palco em WoodStock. É uma cena privada, mas que está à vista de toda a gente.
Bem... na realidade, só quero desejar um bom natal (atrasado) e umas boas entradas para 2008 e que a vossa vida mude para melhor, como a minha supostamente vai mudar, pois vou começar com um novo trabalho agora em 2008.
Bem haja a todos.
LM
Todos nós sabemos que os alimentos são para comer, mas que também não somo sobrigados a ingeri-los se não temos fome. Ora, o meu sogro, um senhor pacato já nos seus 60s e muitos, tem um pequeno terreno na margem sul do tejo e por vezes trás de lá umas frutas e vegetais que depois põe na cozinha para se ir comendo. Ora, até aí, não se tem problemas. Eu pessoalmente não ligo muito a frutas. O problema é que por vezes, devido às quantidades que o meu sogro trás, obriga a que toda a gente ande a comer aquelas frutas durante uns tempos e depois começa-se a ouvir bocas da sogra, que a comida está a estragar-se e que a fruta está a apodrecer.... pá.... é complicado andar a comer laranjas uma semana inteira e depois se a minha mulher compar outro tipo de frutas, levamos na cabeça, porque já não gostamos das frutas que se trazem do terreno.
Resumindo, não temos escapatória. Actualmente estamos entre as nésperas e as laranjas.
Bom....este exemplo quase diário...uff.... é talvez o que me faz lembrar que vivo na quinta dimensão.
Imagine-se o panorama, eu chego do trabalho a casa para jantar, e em vez de as pessoas estarem despachadas inclusivé o meu filhote....não....resolveram esperar por mim....
Como existe um pequena televisão, aquela hora ponho no canal 2, com programas educativos e que dá gosto ver. Ora eu tenho a comida no prato e entra o meu sogro.... vai buscar algo à cozinha...passa em frente à tv e passo a ouvir a tradução em vez de ver as imagens, tudo bem.... mas a minha sogra começa a embirrar e barafustar com ele. Ora se fizermos a conta, temos duas pessoas a falar ao mesmo tempo.... a imagem e som da tv, perdem-se. Começo a comer e a olhar para o meu miudo, que lhe dá na telha e começa a brincar em voz alta a soletrar algo parecido com russo... temos 3 pessoas já em simultâneo. Actualmente a mãe da minha sogra está lá temporariamente e é daquelas pessoas com 86 anos que já falam sózinhas... o que eu acho fantástico...consegue manter um monólogo uma noite completa...sem dormir. Imaginemos então que ela entra na cozinha e ja vem com 30 minutos de avanço em diálogos.... que acontece? 4 pessoas a falar... a tv sofre uma depressão nervosa e fica afónica no meio da confusão... a imagem não passa de uma confusão de gente a passar para um lado e para o outro, a minha mulher chega, olha para mim e fazemos uma cara como quem diz... home sweet home... entrámos novamente noutra dimensão... nessa altura, praticamente comunicamos por troca de olhares... chego a pensar que a cozinha é um centro de congressos relacionado com comunicação oral.... Mas no entanto os sogros conseguem-se perceber um ao outro... e à avôzinha que anda por lá a ver a paisagem a falar sózinha. Isto sim...são jantares harmoniosos e comunicativos.
Aconselho o pessoal que viver com os sogros a pagar-lhes um curso de comunicação gestual...dá muito jeito aos timpanos.